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Dudu Odara empodera a juventude negra por meio das artes cênicas.

Primeiro Grupo de Teatro Negro do Subúrbio, Dudu Odara - retoma os trabalhos de produções cênicas, potencializando o teatro, circo, dança e poesia preta na cidade do Salvador.

ARTE E CULTURA

Cristina Sena & JottaD Comunidade Ativa

6/26/20252 min read

Para quem acompanhou a trajetória do 1º Grupo de Teatro Negro do Subúrbio Ferroviário de Salvador, criado em 2008 , sabe - o quanto os pretos e pretas do coletivo fez e faz até hoje para fortalecimento do movimento negro, reflexões e provocações antirracistas e abordagens 100% afrocentradas.

O Projeto Teatro Negro no Subúrbio, cria o Dúdú Odara - Grupo de Teatro Negro formado por atores negros (as), que resulta no espetáculo "Meu Nome é Brasil" em 2008.

No processo, oficinas de formação, capacitação e qualificação artística. Estreou em março nos dias 14, 15, 21 e 28 às 20h, no CCP-Centro Cultural Plataforma. Salvador-Ba.

Membros da 1ª Formação do Grupo Continuam até hoje.

Apesar da necessária pausa dos trabalhos, em 2010, após o falecimento do grande mestre e diretor, Jorge Ravinny - o grupo volta as atividades em 2015, com seis dos doze integrantes do elenco iniciais. O coletivo, assume a direção do espetáculo de forma compartilhada, no ano seguinte, Marron Paulillo assume a direção do grupo que segue as atividades dos trabalhos divididos entre encontros, ensaios, apresentações, processos formativos, etc.

Resistência e resiliência fazem parte do grupo.

Meu nome é Brasil| Dùdú Odara O espetáculo retrata as dificuldades do cotidiano vivida pelas pessoas que moram no subúrbio. Focando principalmente das mazelas do preconceito de diversos aspectos, como: Racismo; Homofobia e Intolerância religiosa.

Por falta de recursos financeiros, o coletivo foi forçado a diminuir o número de apresentações, sem investimento - membros do grupo, necessitaram direcionar a atenção para os trabalhos convencionais para se manter.  Contudo o nome DUDU Odara, se manteve, por apresentações pontuais e muitas vezes em formato de monologo pela atual diretora, Marron Palullino - que atualmente, também, exerce a função de atriz.  

Em 2025, com a remontagem dois dois espetáculos, o já mencionado: Meu Nome é Brasil e o sucesso das praças e ruas das comunidades: Black Circus Power idealizado a partir do reconhecimento ao primeiro palhaço negro do Brasil, Benjamim de Oliveira, traz no palco oito palhaços atendendo a paridade, sendo quatro homens e quatro mulheres que apresentam performances engraçadas do teatro mudo, sem perder a função de tencionar questões sobre racismo, empoderamento negro e quanto o lúdico pode formar cidadãos críticos.

Marron Paulillo - Diretora Geral | Marcos Dias - Diretor Artístico e JottaD Amorim - Diretor Executivo, decidem manter o legado de Jorge Ravinny, oportunizando jovens de 15 a 29 anos, em um projeto de formação para novos atores que se dará no processo de produção da remontagem dos dois espetáculos. O trio, adotaram a abertura para parcerias e realização através de co-produção com outros atores do fazer cultural e pleiteiam captação de recursos por meios de editais. Protfólio do coletivo